Lideranças têm cuidado com a linguagem que empregam, indica estudo
O poder sobe à cabeça, e os chefes falam o que der na telha? Longe disso, segundo pesquisadores que analisaram 101 mil e-mails. Entenda.
O poder sobe à cabeça, e chefes falam o que der na telha nas mensagens para seus funcionários. Será? Um estudo realizado por pesquisadores da Queen Mary University of London, na Inglaterra, mostrou que, na verdade, as lideranças são “extremamente cautelosas” com sua comunicação escrita.
A equipe analisou mais de 101 mil e-mails de 2,3 mil indivíduos, investigando a presença de palavras com conotações potencialmente sensíveis. Por exemplo: termos que representam identidades raciais ou linguísticas; termos religiosos, como “Deus”, “inferno” ou “altar”; e termos geralmente usados em discussões políticas ou discursos jurídicos, como “Congresso” ou “tribunal”.
O resultado? Quem ocupa cargos de poder tem três vezes menos chance de incluir essas palavras com potencial de polêmica em suas mensagens, em comparação com pessoas mais subalternas.
Os pesquisadores sugerem que isso acontece porque mais poder também pode significar mais vulnerabilidade e exposição. As palavras dos chefes, afinal, são lidas por mais pessoas – e analisadas de perto.
Este texto faz parte da edição 91 (abril/maio) da VOCÊ RH. Clique aqui para conferir os outros conteúdos da revista impressa.