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Profissionais querem liderar, mas rejeitam modelo atual

Pesquisa revela um paradoxo: 74% aceitariam cargos de liderança; 68% consideram o formato vigente ultrapassado.

Por Izabel Duva Rapoport
23 jul 2025, 14h26
Fotografia de Empresários andando em um gráfico pintado, no asfalto.
 (Klaus Vedfelt/Getty Images)
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Um estudo inédito da Academia Brasileira de Inteligência Comportamental indica que os profissionais brasileiros desejam ocupar posições de liderança, mas rejeitam o modelo tradicional ainda adotado em grande parte das empresas, baseado em hierarquia rígida, foco excessivo em controle e pouca escuta ativa.

Realizado entre março e abril deste ano, o levantamento ouviu 1.205 pessoas de diferentes regiões, idades, setores e níveis de experiência. Embora 74% afirmem que aceitariam uma promoção para cargo de liderança, 68% concordam que o formato precisa ser reformulado. Ele é visto como ultrapassado, autoritário e desconectado das necessidades reais das equipes. “O dado desmonta o mito de que as novas gerações não querem liderar. O que elas recusam é um formato centrado no controle, que adoece e afasta as pessoas”, afirma Edson Carli, CEO da Academia.

Liderança desejada: humana, empática e colaborativa

Segundo os respondentes, o líder ideal deve inspirar (79,5%), motivar, oferecer suporte emocional e fornecer feedbacks construtivos. O perfil valorizado é relacional e voltado ao desenvolvimento das pessoas, em contraste com a figura técnica e hierárquica que ainda predomina em muitas organizações.

Apesar disso, apenas 55% se dizem prontos para assumir o papel de apoio emocional às equipes. Outros 33% preferem continuar em funções técnicas e autônomas, mesmo que promovidos. O dado evidencia um descompasso entre o ideal de liderança e a disposição prática para exercê-la.

Ambiente corporativo não acompanha as novas expectativas

Outro ponto crítico é a baixa confiança nas empresas como formadoras de líderes. A maioria dos participantes avalia que o setor corporativo ainda não está preparado para desenvolver perfis alinhados às transformações sociais e geracionais em curso.

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“Não se trata apenas de um problema de liderança, mas de cultura organizacional. Se não houver mudança, as corporações correm o risco de perder talentos justamente quando mais precisam de gestores preparados para lidar com cenários complexos e emocionalmente exigentes”, destaca Carli.

Um chamado à mudança

Os resultados indicam que o modelo tradicional já não atende às expectativas de quem está construindo o futuro do trabalho. Para formar líderes consistentes, será necessário revisar estruturas, práticas e programas de desenvolvimento, priorizando relações mais humanas e ambientes coerentes com os desafios atuais.

Perfil dos respondentes

A pesquisa teve abrangência nacional e recorte representativo:

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  • Faixa etária: 35,8% têm entre 22 e 30 anos; 28,3% entre 31 e 40.
  • Tempo de experiência: 25,6% estão no mercado há menos de dois anos; 15,4% têm mais de dez.
  • Setores: profissionais de áreas como tecnologia, saúde, educação, engenharia e administração.
  • Regiões: Sudeste (47,7%), Sul (19,2%), Nordeste (13,5%), Centro-Oeste (10,5%) e Norte (8,8%).
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