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Mulheres sofrem rejeição no processo seletivo para área de TI

Pesquisa aponta que quase 90% das profissionais acreditam que o gênero diminui a possibilidade de uma contratação no setor.

Por Alexandre Carvalho
Atualizado em 27 dez 2023, 17h51 - Publicado em 27 dez 2023, 17h40
Desigualdade de gênero no mercado de trabalho
 (Foto: cagkansayin / Getty Images/Reprodução)
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Mesmo diante da escassez de talentos na área de tecnologia da informação, mulheres sentem resistência por parte das empresas durante os processos seletivos. Uma pesquisa exclusiva do Infojobs, com a participação de 879 mulheres de 18 a 60 anos, mostrou que 89,7% acredita que o gênero pode influenciar as contratações em áreas predominantemente masculinas, como é o caso de TI. 

“A igualdade no mercado de trabalho é uma luta de muitos anos. Embora tenhamos avançado e muito, ainda vemos desigualdade salarial e dificuldade de promoção, sustentados por uma política pouco inclusiva. A diversidade é muito importante nos times, mas mesmo assim, nosso estudo mostrou que 78,4% das participantes acreditam que já perderam alguma oportunidade de emprego por ser mulher. Nesse cenário, 61,9% dizem que já enfrentaram situações invasivas em processos seletivos, onde o foco não era apenas suas habilidades profissionais”, pontua a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado. 

Elas estão buscando especialização

Para tentar ultrapassar as barreiras, mulheres que querem uma oportunidade na tecnologia estão investindo em cursos online. A Hashtag Treinamentos, edtech que já capacitou mais de 80 mil alunos, vê com otimismo a busca por capacitação. 

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“Podemos observar uma crescente na participação feminina nos últimos anos no curso de Python e na formação de Ciência de Dados. O curso com mais pessoas interessadas é o de Python, linguagem mais popular de programação pela facilidade no aprendizado”, comenta João Paulo Martins, CEO da empresa.

De 2021 para 2022, as matrículas de mulheres no curso de Python cresceram 25,36%, de 1.246 para 1.562. Até o início de abril de 2023, 353 já deram um passo além nos estudos e apostaram em aulas online. Em relação a Ciência de Dados, o novo curso teve a adesão de 372 mulheres no ano de lançamento, o que representa 25,78% dos alunos matriculados. Neste ano, 73 estão matriculadas e participando das atividades e fóruns de Hashtag, um total de 22,26% das participações. 

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