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Comunicação integrada pode ser a chave para reduzir demissões por comportamento

Para especialistas, um ecossistema de trabalho precisa ir além da troca de mensagens: ele deve transformar os diálogos em dados, cultura e tecnologia.

Por Izabel Duva Rapoport
16 set 2025, 14h03
Artesanato em papel com balões de fala coloridos em várias camadas, com foco no centro do fundo roxo, vista frontal.
 (MirageC/Getty Images)
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Números do 6º Observatório de Carreiras e Mercado da PUC-PR revelaram que metade das demissões em 2024 teve como causa questões comportamentais e não técnicas. O levantamento mostra ainda que, no ranking de habilidades mais valorizadas, aparecem a comunicação oral (11,46%), o planejamento (10,73%), a solução de problemas (10,18%), gestão de conflitos (7,51%) e escrita (7,42%).

Os estudos, para Andréa Migliori, CEO da Workhub, especializada em comunicação interna, podem abrir espaço para um alerta: “antes da demissão, existiu o silêncio. Um conflito não resolvido, uma expectativa não alinhada, um feedback nunca dado. Muitas vezes, o que parece comportamento é ruído de comunicação”.

Segundo ela, o ponto central está na construção de um ecossistema de experiência do trabalho que permita visibilidade, alinhamento e a possibilidade de agir antes que pequenos sinais se transformem em problemas maiores. “Não é sobre falar mais, é sobre comunicar com estratégia e propósito”, afirma. “Quando a comunicação é integrada e a mensagem é clara para o público certo, as pessoas não perdem energia em canais dispersos e conseguem focar no que realmente traz resultado”, completa.

A necessidade de rever processos de comunicação também aparece em outra frente. O relatório Tendências em Gestão de Pessoas 2025, do Great Place to Work (GPTW), mostra que a tríade de maiores desafios para o RH atualmente são comunicação interna (33%), saúde mental (32%) e desenvolvimento de lideranças (31%). Outros pontos que aparecem entre as dez primeiras posições incluem manutenção da cultura organizacional (22%), redução de turnover (20%) e engajamento (19%).

Na visão de Andréa, todos esses fatores estão conectados: sem clareza de informação, líderes falham em orientar, equipes se desgastam emocionalmente e a cultura se fragmenta. “Quando a comunicação é ruim, nada funciona. É um efeito dominó que vai da liderança até a base”.

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A especialista lembra, no entanto, que o contrário também acontece. “Quando a comunicação é boa, quase ninguém percebe. É tão natural que parece não ter importância, até o momento em que falha”, comenta a CEO. “É aí que a relevância salta aos olhos; e é por isso que precisamos estruturá-la de forma intencional, para que ela seja o fio que sustenta a cultura, engaja times e fortalece lideranças.”

Inteligência Artificial e People Analytics como aliados

O desafio, segundo a executiva, é que comunicação e cultura precisam vir acompanhadas de tecnologia. Um levantamento da LG – Lugar de Gente, em parceria com a Mercer, mostra que 67% das empresas já usam People Analytics para entender causas e fatores relacionados à retenção e ao turnover, enquanto 72% utilizam inteligência artificial em processos de recrutamento e seleção.

“Um ecossistema de experiência do trabalho precisa ir além da troca de mensagens. Ele deve transformar a comunicação em dados”, aconselha. É assim que líderes conseguem enxergar, por exemplo, em quais áreas há maior risco de rotatividade, como está o engajamento ou se há sinais de sobrecarga; “antes que isso se torne um problema de saúde mental”.

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Os desafios, no entanto, não desaparecem. “Muitas organizações ainda enfrentam barreiras como falta de integração entre fontes de dados, resistência cultural e até vieses da IA”, afirma. O primeiro passo, segundo a especialista, é estruturar a comunicação. “Porque sem dados confiáveis, não existe análise que ajude.”

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