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6 dicas para lidar com a mania do Pokémon Go

Pensando que o jogo de realidade aumentada é apenas o primeiro, mas não o último, a questão que fica para a gestão de pessoas é: proibir é a melhor solução?

Por Colaborou Yahisbel Adames
Atualizado em 5 dez 2020, 19h14 - Publicado em 17 jan 2017, 13h35

O Pokémon Go bateu o recorde do jogo que alcançou mais rápido 50 milhões de downloads em todo o mundo, em apenas 19 dias, segundo pesquisa da Sensor Tower, de inteligência de mercado. O mesmo número foi obtido no Brasil menos de 24 horas após o lançamento. 

A loucura chegou ao mundo corporativo. Um levantamento da revista americana Forbes mostrou que 69% dos 66 160 entrevistados caçavam os monstros virtuais no trabalho, sendo que um terço deles perdia mais de uma hora do expediente. 

Além da queda de produtividade, o Pokémon Go trouxe perigos reais. No Japão, uma idosa morreu atropelada por um motorista distraído com o jogo, enquanto, nos Estados Unidos, dois homens caíram de um penhasco ao perseguir os bichos pelo celular. Casos assim levaram a Volkswagen, na Alemanha, a Boeing, nos Estados Unidos, e o Exército francês a proibir a novidade.

 No Brasil, também há histórias de pessoas arriscando a vida em subestações de energia atrás de Pikachu e sua turma. Pensando que o Pokémon Go é apenas o primeiro aplicativo de realidade aumentada, mas não o último, como fazer a gestão de pessoas? A seguir, confira as dicas.

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1. Fale dos riscos

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Uma das tarefas do RH é pensar na segurança da mão de obra. Foi o que fez a concessionária de energia elétrica EDP. “A maior parte dos acidentes no setor elétrico se refere à distração das pessoas – e os celulares têm aumentado esse problema”, afirma Luis Gouveia, diretor de cultura organizacional. Quando o Pokémon Go chegou ao Brasil, a EDP montou um grupo de trabalho com 40 funcionários para pensar em treinamentos, com vídeos, que tratassem do assunto. Depois, 200 profissionais aprenderam a conscientizar o resto da equipe sobre o tema. O pessoal dos escritórios também foi convidado a ir até as subestações para acompanhar o trabalho dos técnicos por um dia.

2. Ensine pelo exemplo

Melhor do que impor uma ordem é dar exemplos. Essa foi outra tática seguida pela EDP. “O que fizemos foi tomar uma decisão em conjunto, em vez de adotar um controle excessivo, como faz a maioria das empresas”, diz Luis Gouveia. Os 40 funcionários que organizaram o treinamento sobre os riscos do Pokémon Go montaram cursos rápidos para alcançar os 3 400 empregados da companhia. “Em nossos grupos no WhatsApp e no Facebook interno, as pessoas postam notícias e acabam conscientizando umas às outras sobre os perigos de jogar em lugares inapropriados”, diz o diretor da EDP. O pessoal ainda pode escrever em cartões os incidentes por desatenção que já presenciaram, anonimamente.

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3. Estabeleça limites

Especializada em direito digital, a advogada Patrícia Peck Pinheiro recomenda que os gestores deixem claro os limites para o Pokémon Go durante o expediente. Vale criar normas, como horários e locais para jogar. “Não é proibir, mas limitar o uso do recurso – contanto que ele não afete a segurança e seja algo que contribua no clima”, afirma. O líder de RH precisa estar aberto a essas atualizações tecnológicas e disponível para tirar dúvidas sobre o uso. “Na falta de orientação é onde mora o perigo”, diz a advogada. Outro ponto: se a companhia tiver uma norma clara proibindo a prática durante o expediente, o funcionário que a descumprir poderá, sim, ser demitido por justa causa.

4. Cuide da segurança

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A realidade ampliada usada pelo Pokémon Go mostra os monstros virtuais no ambiente real da pessoa, permitindo fotografar o bicho com o cenário verdadeiro. O problema é que, com a captura da imagem, podem vir informações importantes sobre a companhia e seus clientes, exibindo dados sigilosos, inovações ainda secretas e abrindo brechas de segurança. Em julho, o funcionário de uma empresa americana de TI relatou nas redes sociais que quase foi demitido, acusado de espionagem ao fotografar as telas do sistema corporativo – quando, na verdade, ele só estava caçando Pokémons. “O RH deve orientar as pessoas para que joguem apenas em lugares públicos, como o pátio e o refeitório”, recomenda Patrícia Peck.

5. Foque nas metas

Há uma chance de a produtividade dos trabalhadores cair por um tempo, principalmente nos primeiros dias após o lançamento de um jogo. Mas a novidade pode trazer benefícios. Segundo a pesquisa da Forbes, metade dos funcionários se conectou com chefes, colegas e até clientes para caçar os monstros virtuais. Dos 66 159 entrevistados, 20 000 jogavam com colegas na hora do almoço – uma oportunidade de reforçar as relações. O melhor é o líder combinar com o time metas e prazos de entrega do trabalho. “Muitas pessoas não conseguem lidar com a responsabilidade da liberdade, por isso precisam saber o que devem entregar no final do dia”, diz Daniela do Lago, especialista em comportamento no trabalho.

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6. Aproveite a tecnologia

Para as empresas, há benefícios por conta da realidade aumentada usada pelo Pokémon Go, como a melhoria do clima organizacional e oportunidades de novos negócios. A startup de tecnologia GetNinjas ofereceu uma vaga de emprego para quem gosta – e sabe – jogar Pokémon Go. “Gostar do jogo é um diferencial por mostrar o tipo de perfil que procuramos: alguém jovem e antenado com as novas tecnologias”, diz Marília Amêndola, gerente de recursos humanos da empresa, que oferece uma plataforma online de contratação de serviços freelancer. Segundo ela, a nova mania é liberada no escritório, uma vez que a GetNinjas pretende adotar a realidade aumentada também no seu site e no aplicativo.

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