Prêmio RH do Ano: conheça os vencedores da categoria “Experiência do Colaborador”
Gustavo Abreu, diretor de RH da Astrazeneca, recebeu Ouro por reformular o onboarding, aumentar a transparência salarial e investir em desenvolvimento.
Gustavo Abreu, diretor de RH da farmacêutica Astrazeneca, ganhou Ouro na categoria “Experiência do Colaborador” do Prêmio RH do Ano, uma iniciativa da Você RH para reconhecer os líderes que transformaram o setor em 2025, tornando-o melhor para as pessoas, os negócios e a sociedade. A premiação aconteceu nesta quarta (3), em São Paulo.
O prêmio recebeu 410 inscrições de cases que ilustravam a atuação de mais de 240 executivos de RH no Brasil. Em parceria com o Great Place to Work (GPTW) e a consultoria EXEC, escolhemos os vencedores de Ouro, Prata e Bronze para oito categorias, assim como dois destaques especiais: RH do Ano e Pioneirismo em RH.
Na categoria “Experiência do Colaborador”, avaliamos estratégias com foco em proporcionar uma jornada profissional enriquecedora, criando momentos memoráveis ao longo da carreira do colaborador – e fomentando um ambiente de muita inspiração. Os ganhadores de Prata e Bronze foram respectivamente Veronika Falconer, diretora sênior de RH da Avanade, e Rodrigo Ladeira, vice-presidente de RH, Qualidade & Comunicação da Athena Saúde.
Abaixo você entende o porquê de cada reconhecimento nesta categoria. (Clique aqui e saiba mais sobre o Prêmio RH do Ano.)
Ouro: Gustavo Abreu (Astrazeneca)
A liderança do diretor de RH guiou uma revisão da jornada do funcionário rumo ao propósito da companhia: “Na AstraZeneca, você pode”.
A partir de uma escuta ativa que envolveu mais de cem colaboradores, o time redesenhou a EVP e passou a aplicá-la de ponta a ponta – do convite ao candidato ao desenvolvimento contínuo. O onboarding ganhou uma nova cara com o conceito WE, que reforça que a jornada é coletiva: novos kits, rituais de acolhimento, roteiro dos primeiros 90 dias e apoio de buddies elevaram a satisfação dos profissionais para 87% logo no início da experiência.
Outra virada importante foi o Portal de Remuneração, que trouxe transparência e autonomia ao colocar todos os componentes salariais em um só lugar – iniciativa que elevou a favorabilidade sobre entendimento do pacote para 86%.
Os investimentos em desenvolvimento também saltaram aos olhos: mais promoções, trilhas claras e programas como job rotation fortaleceram a sensação de crescimento real. O resultado aparece nos números: 95% dos colaboradores recomendam a empresa como um ótimo lugar para trabalhar.
Prata: Veronika Falconer (Avanade)
A diretora de RH Veronika Falconer se destacou ao fortalecer um dos programas mais queridos pelos “sangues laranjas”, como são chamados os colaboradores da Avanade, os Career Advisers (CAs). A iniciativa, que já era importante mesmo antes, ganhou novo fôlego com sua liderança e virou referência no mercado por combinar mentoria contínua, acolhimento e desenvolvimento real.
Agora todo colaborador tem um CA acompanhando sua jornada, do analista júnior ao especialista. E os CAs Dedicados – um grupo de orientadores focado especialmente na base operacional – ampliaram os efeitos da ação, conduzindo mais de 3 mil sessões de mentoria só em 2024 e apoiando 40% das promoções da área.
O programa também ganhou musculatura ao formar líderes como mentores e apoiar transições sensíveis, como o novo modelo operacional. As consequências na experiência do colaborador são instantâneas. Com satisfação de 95%, profissionais que buscam mudar de projeto recebem planos personalizados; grupos como pessoas com deficiência e mulheres em tecnologia contam com apoio estruturado; e feedbacks trimestrais passaram a ser integrados e mais justos – com foco no desenvolvimento, não na cobrança.
Bronze: Rodrigo Ladeira (Athena Saúde)
Empresa de planos de saúde e assistência odontológica, a Athena saltou de 25 para quase 10 mil pessoas em seis anos, então precisava garantir que todo mundo tivesse uma jornada consistente, independentemente da unidade. Foi quando Rodrigo Ladeira, vice-presidente de RH, Qualidade & Comunicação, tratou de colocar a experiência do colaborador na essência da operação.
As ações se basearam num modelo robusto de escuta ativa: da inscrição no processo seletivo ao offboarding, cada etapa passou a gerar insights. E não ficou só na coleta: ele integrou eNPS (experiência do colaborador) e NPS (experiência do paciente), mostrando, operação por operação, como a satisfação interna se reflete diretamente no atendimento.
Com dashboards em tempo real, os gestores passaram a agir rápido, corrigir rotas e replicar boas práticas. As entrevistas de permanência e os acompanhamentos dos primeiros 90 dias ganharam maturidade, reduzindo ruídos e aumentando bastante a clareza nas expectativas.
“Ter pessoas no centro da estratégia acaba impactando o cliente”, aponta Rodrigo. “Então cuidamos bem de quem entrega, porque quem entrega vai cuidar bem de quem consome: nossos clientes.”
Este texto é parte da edição número 101 da Você RH. Clique aqui e confira outros conteúdos da revista impressa.
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